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Educação Ambiental entre colaboradores

Programa de visitação promove intercâmbio para colaboradores das áreas industrial e administrativa conhecerem o viveiro de mudas nativas

As empresas do setor sucroenergético, como a Usina Alta Mogiana, tem características que, nem sempre, permitem que todos os colaboradores conheçam os processos por completo. Enquanto os profissionais da indústria ficam concentrados no parque industrial, as equipes agrícolas acabam se distanciando entre as diversas áreas de cultivo.


Conectando as pessoas e a natureza, foi idealizada uma ação de Educação Ambiental. Promovida pela equipe de Treinamento, em parceria com o Comitê Ambiental, mensalmente, grupos de até 12 colaboradores da área industrial, divididos por setores, fazem uma visitação orientada. O intuito é realizar ações de educação ambiental para a sensibilização e instrução sobre as práticas da empresa na preservação do meio ambiente, reforçando formas de convivência com o ambiente, respeito às comunidades e promovendo um ambiente de trabalho saudável e sustentável. Na oportunidade, também são relembrados conceitos elementares como os 3Rs da sustentabilidade, preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida.


A obtenção e a manutenção de certificações internacionais, segue alinhada com o desenvolvimento da empresa nos aspectos da sustentabilidade na cadeia de valor, que aumentam o nosso nível de atendimento às diretrizes estabelecidas pela certificação ISO 14.001, a internacional Bonsucro e até mesmo ao programa nacional RenovaBio.


Diante da manutenção de tais certificações, Wagner Rodrigues Montes, representando a equipe de Treinamento e Desenvolvimento, explica que as visitações com finalidade educacional também atendem a um dentre os vários itens, da Política Nacional do Meio Ambiente e afirma que, o projeto é um marco importante:


“A Usina Alta Mogiana atende a uma serie de certificados de gestão, todos são importantes, na ISO 14001 temos a gestão do Meio Ambiente, onde a empresa promove ações para que suas atividades impactem o mínimo possível no meio ambiente. As ações são comunicadas aos colaboradores, e não são poucas, mas a visita da Educação Ambiental proporciona o colaborador ‘ver’ e entender o que é feito.” Wagner Rodrigues Montes – Analista de Recursos Humanos




Os visitantes ainda conheceram a Estação de Tratamento de Águas, o tratamento de água da Oficina Automotiva e a Sedimentação (VLC), que recupera e reaproveita a água oriunda da lavagem de gases das caldeiras e da limpeza das esteiras de cana. O aproveitamento e a recuperação da água utilizada nos processos como concentração do caldo, da torre de condensado da evaporação e proveniente da lavagem de gases das caldeiras, permite um reaproveitamento para uso industrial, em circuito fechado.



Em detalhes, o sistema de tratamento de fuligem permite que o resíduo sólido da fuligem, representada pelas cinzas do bagacilho de cana, seja separada da água por processos de separação sólido/líquido através de peneiramento, sedimentação e filtração. O material sólido é enviado para a lavoura com baixo teor de umidade para ser utilizado como fertilizante.


“Eu achei bem interessante, aprendi bastante coisa. Eu não conhecia esses setores, porque a gente chega e vai direto pro nosso setor, então eu tentei aproveitar o máximo. Gostei muito de saber sobre os cuidados que a usina tem e só tenho a agradecer pela oportunidade de participar.” Daniego Ozório de Sousa – Auxiliar Operacional


A visita encerra-se no viveiro de mudas de árvores nativas. Parte importante da Adequação Ambiental adotada pela empresa, ele produz a média anual de 30 mil mudas que são destinadas tanto para a manutenção de áreas de preservação permanente e fragmentos florestais, quanto para doações.


O trabalho da equipe inicia-se com a coleta de sementes diretamente nos fragmentos de mata ou em “árvores solteiras”, como são chamados os exemplares nativos preservados isoladamente, em meio às plantações. É essa coleta diversificada que garante uma boa variação genética de material afinal, a mata é composta de espécies de diferentes em porte, sazonalidade e perenidade, o que enriquece a preservação da vegetação.



Com as sementes em mãos, a equipe as seleciona e executa a quebra de dormência - uma estimulação que facilita a germinação e o processo de emergência das plântulas. O processo é variável conforme a espécie e pode ser desde uma escarificação mecânica com lixa, choque térmico, secagem ao sol ou mesmo a imersão em água por períodos específicos, fazendo com que as sementes venham a emergir nessas situações especiais.Todo esse trabalho é muito artesanal e técnico, executado pela equipe do Viveiro com extrema atenção e capricho.


“Hoje eu tive o prazer de conhecer alguns setores que eu não conhecia, como a ETA e o Viveiro. Lá eles vão pro campo pra coletar semente pra fazer mudas e germinar essas pra outras pessoas plantarem. Eles até plantam temperos também. Eu achei muito interessante, deu pra ver que a Josi, que recebeu a gente lá, tem muito amor no que ela faz.” Alcione Cristina dos Santos – Operadora de Fábrica de Açúcar


Após a brotação, as mudas são cultivadas em estufa, posteriormente fora dela e, por fim, são destinadas ao plantio final. O tempo e os cuidados entre a germinação e o plantio final varia diante da produtividade e particularidade das espécies.

“Estou aqui na empresa há mais de 18 anos e hoje eu tive a experiência de ver o que eu já tinha estudado, no curso técnico em Meio Ambiente. Isso esclareceu muito a minha percepção acerca disso. Às vezes a gente fica um tempo desatualizado e, nesse momento, pude atualizar o conhecimento. É uma boa oportunidade, aprendemos muito com isso.” Elton João Soares da Silva - Operador de Moenda
“Gostei do projeto, é um incentivo para cuidar do meio ambiente. Pelo que eu vi, achei tudo perfeito e voltaria muitas vezes mais, foi muito legal.” Jefferson Norberto José - Auxiliar de Refeitório

A empresa segue pelo caminho de diversificar maneiras de comunicar, envolver e promover a integração de colaboradores, para que todos entendam o negócio e sintam-se parte dele, como confirmam os depoimentos dos participantes da visitação que aconteceu na última sexta-feira, 1º de julho. Eles reforçam um sentimento comum de pertencimento e conhecimento compartilhado, clareando detalhes para que todos sigam percorrendo o mesmo caminho, na conquista de resultados sustentáveis, despertando a percepção dos temas que impactam o ambiente e estimulando ações com foco na preservação.


O setor sucroenergético tem ciclos, onde toda cadeia está interligada, apresentando inúmeras variações e características. Por isso mesmo, a abertura dessas visitações atende a bases importantes para a empresa, de formas distintas. Enquanto motiva, orienta e incentiva os colaboradores - principal alicerce da empresa -, ainda enaltece a sustentabilidade, como intrínseca a todos os nossos processos.

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